Startup de futuro: inovação dentro e fora de casa


Ideias inovadoras, um mercado promissor com aumento de demanda mensurável para seus produtos e serviços, equipe com sangue nos olhos e uma proposta de negócio escalável. Parece a fórmula mágica para o sucesso empresarial de uma startup. Mas não é bem assim.

Como em qualquer empresa, o conhecimento da atividade e do setor, por si só, não sustentam a startup. O espírito empreendedor de seus gestores não basta porque existem elementos que – burocráticos ou não – permeiam a sustentabilidade dos negócios

 Uma pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral, no final de 2018, aponta que muitas startups têm dificuldade em sobreviver: 25% delas encerram em seu primeiro ano e metade não consegue chegar aos quatro anos.

Mas se todos os ventos batem a favor e os empreendedores sabem exatamente o que fazer para obter sucesso, quais os pecados cometidos na gestão do modelo? E como partir para o caminho correto? Confira alguns itens:

Planejamento financeiro – Qualquer empresa quer gerar lucro. Para tanto, precisará de um gestor financeiro e de um plano de ação, que estude as melhores práticas para esse fim, mantendo despesas sob controle e custos fixos sem muitas alterações. E é essencial ter o controle do fluxo de caixa, com o registro de todas as entradas e saídas de recursos. Além de a organização financeira alavancar o crescimento sustentável da startup, as contas “em ordem” podem seduzir potenciais investidores.

 Conhecimento de legislações – O acompanhamento sobre o que acontece no universo das leis brasileiras é importante não apenas para que o modelo de negócio opere de acordo com as atribuições legais, mas também para que a startup se beneficie. São exemplos a adequada escolha do regime tributário (Simples, Presumido, Real), perfil tributário dos produtos, local de instalação, regulação ou não pelo Banco Central, forma de contratação de colaboradores e meios legais de captação de recursos, entro outros.

Planejamento tributário – Não se trata apenas de arcar com os pagamentos das obrigações legais. Assim como outras empresas, as startups precisam de um planejamento tributário, que consiste em obter vantagens lícitas, organizando as obrigações de modo a diminuir o ônus do caixa. Outro aspecto do planejamento tributário – e muitas vezes esquecido pelo empreendedor na hora de precificar produtos e serviços – é a inclusão da carga tributária como custo. Quando o preço é estipulado sem os impostos que incidem, os valores serão extraídos do lucro líquido. 

É sabido eu nem sempre os empreendedores têm tempo ou aptidão para acompanhar e planejar ações estratégicas para as áreas financeira e contábil. Buscar profissionais qualificados, que entendam a natureza do negócio e agreguem valor para a boa gestão da empresa é a prova de que startup também aplica inovação dentro de casa.

* Adelmo Nunes, contabilista, é diretor da Planned Soluções Empresariais

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