A multidisciplinaridade profissional passou a ser requisito básico?


Quem está em busca de recolocação no mercado de trabalho já deve ter se deparado com anúncios de vagas que exigem uma infinidade de conhecimentos técnicos e atributos pessoais em um mesmo profissional. Em um paralelo singelo com o futebol, é como se o dono do time estivesse em busca do futuro artilheiro do campeonato, que defende, dribla, cabeceia, contra-ataca, marca o gol, corre para o abraço e ainda dá coletivas de imprensa em outros idiomas. “Revoltante!”, pode ser sua primeira reação.

É natural que as altas taxas de desemprego e a maior oferta de mão de obra contribuam para moldar o “candidato ideal”. Mas, as mudanças no ambiente das empresas também começam a formatar o funcionário do futuro.

No último Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, empresários e lideranças do setor produtivo, ao discutirem o horizonte da economia e a indústria 4.0, apontaram no relatório The Future of Jobs and Skills que 35% das competências da força de trabalho de hoje terão mudado até 2024. Curioso é que isso não inclui apenas habilidades técnicas, mas também competências pessoais ou as soft skills, para atuar em funções mais complexas e criativas.

A tendência é fruto de uma dinâmica empresarial que emprega aplicações inteligentes e automatiza tarefas braçais, remetendo o colaborador a um papel mais estratégico, no campo das ideias, com capacidade para resolver problemas e se comunicar. Daí a importância de um profissional multidisciplinar, aberto ao conhecimento, de fácil adaptação e com senso crítico apurado, para lidar com as aplicações tecnológicas presentes no setor produtivo.

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