É possível juntar alguns ingredientes básicos para se obter a fórmula mágica para o sucesso empresarial de uma startup. No entanto, não bastam as ideias inovadoras, um aumento de demanda mensurável para produtos e serviços, um time de excelência e uma proposta de negócio escalável.
Mesmo que sejam modelos de negócios distintos, uma vez que o conceito de uma startup é ser uma empresa não convencional, focada em evoluir rapidamente, propondo novas ideias como solução dos problemas é preciso de um planejamento, de um gestor financeiro e de um plano de ação, que estude as melhores práticas mantendo despesas sob controle e custos fixos sem muitas alterações.
Da mesma forma, é importante que se conheça o universo de leis brasileiras, não apenas para que o modelo de negócio opere de acordo com as atribuições legais, mas também para que a startup se beneficie, como a escolha do correto regime tributário, local de instalação, regulação ou não pelo Banco Central ou outro órgão regulador, forma de contratação de colaboradores, entre outros.
Importante, também, que no planejamento tributário não conste apenas os pagamentos das obrigações legais, mas a obtenção de vantagens lícitas, organizando as obrigações de modo a diminuir o ônus no caixa. Outro aspecto do planejamento tributário – e muitas vezes esquecido pelo empreendedor na hora de precificar produtos e serviços – é a inclusão da carga tributária como custo. Quando o preço é estipulado sem os impostos que incidem, os valores serão extraídos do lucro líquido.
Ou seja, ter uma startup é ter um negócio de risco, num território pouco explorado com uma solução inovadora. Levando em consideração que nem sempre os empreendedores têm tempo ou aptidão para acompanhar e planejar ações estratégicas para as áreas financeira e contábil, buscar profissionais ou empresas qualificadas, que entendam a natureza do negócio e agreguem valor para a boa gestão da empresa, é a prova de que startup também aplica inovação dentro de casa.
